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5 de outubro de 2023
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ATM e a falsa labirintite: confira tudo o que você precisa saber

Saiba qual é a relação entre ATM e a falsa labirintite, além de possíveis tratamentos.

O que você vai encontrar neste artigo:

Hoje também se fala muito da labirintite falsa. Por muito tempo, médicos e otorrinolaringologistas diagnosticaram pacientes que apresentavam sinais de tonturas ou zumbidos como sendo labirintite verdadeira. 

Imediatamente receitavam Estrogenon e hormônios para o paciente, visando tratar a doença. O problema é que eles faziam isso em cima de um diagnóstico diferencial errado. Como resultado, colocavam o paciente em risco de sofrer uma série de complicações pelo uso desses medicamentos.

Isso porque existe uma condição chamada de falsa labirintite, que é muito comum em pacientes que possuem disfunções da Articulação Temporomandibular, a famosa ATM. Essa condição recebe tal nome porque produz sintomas idênticos aos da labirintite. 

Aqui, você conhece detalhes sobre a ATM e sua relação com a falsa labirintite, incluindo o que é essa disfunção, causas, tratamentos, entre outros. Vamos nessa?

imagem de uma moça jovem com a mão no rosto indicando um pouco de labirintite

O que é a ATM?

A ATM é a Articulação Temporomandibular, que é responsável por ligar o maxilar à mandíbula. Além disso, essa articulação garante a realização de todos os movimentos da mandíbula.

Quando o paciente apresenta uma disfunção temporomandibular, utiliza-se a sigla DTM para classificá-la. Em casos de disfunção da ATM, o paciente apresenta sintomas pontuais que podem comprometer sua qualidade de vida, como a falsa labirintite.

Disfunção da ATM e falsa labirintite: entenda essa relação

Toda vez que se comprime a lâmina que separa o ouvido da cavidade glenóide vai haver uma compressão que, por sua vez, produz uma vibração que vai dentro do ouvido, idêntica quando jogamos uma pedra em um lago e os círculos vão se abrindo em sequência.

Quando o côndilo bate na lâmina anterior ao ouvido, gera-se uma vibração que adentra o ouvido. Essas vibrações somadas em semanas e anos aparecem ao paciente na forma de vários sintomas.

Por exemplo, um deles acontece quando o côndilo bate na lâmina e faz vibrar os ossículos dentro do ouvido (chamados de bigorna, martelo e estribo). A vibração nesse caso sendo o mesmo que zumbido. Com o passar do tempo, os ossinhos não mais permanecem estáticos, mas sim, passam a vibrar, ou seja, passam a zumbir.

Um outro sintoma se relaciona com os receptores sensitivos é o daquele que se localiza abaixo dos ossículos. Esses receptores nos dão o posicionamento onde estamos – seriam uma forma de GPS natural do nosso corpo.

Se pendemos para a esquerda, por exemplo, os receptores nos fornecem um sinal dizendo “você está pendendo para a esquerda” e assim por diante. 

Mas ao invés de ficarem estáticos, começam a fazer movimentos diversos e a mandarem mensagens diferentes, e a pessoa fica sem saber onde se orientar. A tontura é um dos resultados de uma falsa labirintite – e não de uma verdadeira labirintite.

Curiosamente, a falsa labirintite também é conhecida como vertigem dentária e pode estar relacionada a problemas odontológicos como a disfunção da ATM, causando sintomas semelhantes aos da labirintite verdadeira.

Temos dados cursos e palestras na Sociedade de Otorrinolaringologia de São Paulo e de outros lugares do Brasil, orientando médicos e profissionais sobre os erros feitos em diagnósticos.

ATM e falsa labirintite: a importância do diagnóstico correto

O diagnóstico correto é essencial para o tratamento adequado. Se o paciente tiver uma disfunção da ATM e for diagnosticado erroneamente com labirintite, por ter sintomas parecidos com os dessa doença, o tratamento fica comprometido.

Inclusive, o paciente é exposto a uma série de complicações que o uso dos medicamentos para labirintite pode trazer. Com o diagnóstico correto é possível diferenciar a falsa labirintite da labirintite verdadeira, garantindo o tratamento perfeito ao paciente.

E como é feito o diagnóstico da ATM, especificamente? Ele consiste no levantamento de sintomas, testes e exames clínicos feitos pelo dentista. Se houver necessidade, o profissional pode solicitar exames de imagem, como a ressonância magnética, radiografia ou tomografia computadorizada.

O que causa a disfunção da ATM?

A disfunção da Articulação Temporomandibular pode ter diversas causas. Para identificá-la, recomenda-se que consulte um dentista especialista nesse tipo de condição.

De maneira geral, a causa mais comum é a alteração postural da mandíbula em repouso. Essa alteração é comum em pacientes com problemas de desenvolvimento das arcadas dentárias, bem como desgastes e perdas de dentes. 

Também pode ocorrer devido a problemas ortodônticos, má oclusão e traumas, próteses gastas ou mal-adaptadas, bruxismo (apertar ou ranger os dentes), cirurgias de siso, artrites e artroses.

Vale citar que essas são somente algumas das causas das disfunções, pode ser que o paciente apresente alguma específica que não foi citada. O ideal é passar por uma consulta com o dentista para diagnóstico e identificação da causa do problema.
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Principais sintomas da disfunção da ATM

A disfunção da ATM pode provocar sintomas que ocorrem isoladamente ou em conjunto. De maneira geral, alguns são mais comuns, ou seja, têm maior incidência. A seguir, você confere quais são:

  • Dores na face, músculos da mastigação e cabeça, com possibilidade de ter enxaqueca, dor de ouvido e cervical;
  • Sensação de desencaixe ao realizar movimentos de abrir e fechar a boca;
  • Estalos ao abrir e fechar a boca;
  • Travamento ou limitação de movimentos da boca;
  • Sensação de pressão atrás dos olhos;
  • Dor ao realizar movimentos amplos para abertura de boca, como ao bocejar;
  • Surdez parcial / tamponamento (ouvido tampado);
  • Zumbido no ouvido;
  • Desgastes e quebras dentais que acontecem com recorrência;
  • Tonturas e vertigens (falsa labirintite).

Existe tratamento para disfunções da ATM?

Sofre com a falsa labirintite devido à disfunção da ATM? Então, saiba que existem alternativas de tratamento, dependendo de seu caso. O primeiro passo para estabelecer a abordagem ideal é identificar a causa da disfunção.

Quando a causa é a alteração postural da mandíbula, o tratamento consiste na recuperação da posição saudável por meio de procedimentos específicos para esse fim. 

Entre eles, destaque para o reequilíbrio dos músculos do pescoço e cabeça, correção da posição fisiológica da mandíbula e centralidade da mandíbula na articulação.

O tratamento também pode envolver mudanças de hábitos de mastigação e redução do estresse, realização de sessões de fisioterapia, uso de placa de mordida (oclusal estabilizadora) ou de aparelhos ortodônticos para ajustes da mordida.

Em casos mais graves e raros, pode ser que o tratamento exija uma intervenção cirúrgica. No entanto, essa alternativa só é considerada quando outros tratamentos não surtiram o efeito esperado.

Como fazer o controle inicial de disfunções da ATM?

Existem algumas técnicas que ajudam a fazer um controle inicial da disfunção da ATM enquanto ainda não inicia o tratamento adequado. Assim, conseguirá minimizar os sintomas dessa condição. Veja, a seguir, o que fazer:

  • Aplique uma compressa quente para aliviar espasmos ou dores musculares, garantindo um efeito relaxante;
  • Consulte seu dentista sobre a possibilidade de uso da placa miorrelaxante, que é encaixada nos dentes superiores. Desse modo, é possível evitar que ranja os dentes, controlando melhor esse problema e evitando desgastes;
  • Aposte em técnicas de relaxamento para diminuir a tensão na mandíbula, minimizando os sintomas da disfunção.

É importante citar que essas são somente algumas técnicas que auxiliam no controle da disfunção. No entanto, elas não eliminam a necessidade de tratamento adequado com um dentista! Agende sua consulta quanto antes para ter o diagnóstico e indicação do que fazer para tratar essa condição.

A placa para ATM realmente ajuda?

Você provavelmente já deve ter escutado sobre a placa de ATM para controle da disfunção e seus sintomas. Mas será que ela realmente funciona? Trata-se de um aparelho que auxilia no controle inicial dos sintomas, além de ajudar a proteger os dentes contra danos.

Outro benefício é que a placa alonga os músculos da mastigação, o que gera uma sensação de relaxamento e conforto. Além disso, possibilita movimentar a mandíbula com um pouco mais de facilidade. No entanto, a placa não serve como tratamento para ATM na maioria dos casos.

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