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3 de agosto de 2020
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Einstein: Luz do Século

 

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Em meados do século passado a humanidade teve a honra de ter convivido neste planeta com um homem espetacular, que veio para nos trazer um grande raio de luz, e assim aclarar a ciência e lançar as bases para a era atômica. Foi ele tão genial e enigmático que muitos o administram, mas poucos conseguiram compreende-lo. Ele nasceu no dia 14 de Março de 1879 em uma pequena cidade alemã chamada Ulm, e seus pais foram Herman Einstein e Pauline Koch ambos judeus. Dizem os biógrafos que o caráter e a biblioteca do pai foram importantes na formando do filho a quem deram o nome de Albert. Sim, Albert Einstein. Quando menino, Albert teve dificuldades para se expressar através da fala e era lento no aprendizado escolar, o que deixava seus pais preocupados, pois não se destacava com boas notas na escola. Dos 4 para 5 anos ganhou de seu pai uma bússola. O funcionamento daquele aparelho o fez pensar que deveria existir algo oculto por detrás das coisas. Ele adorava aquele seu pequeno deus magnético. Já aos 9 anos se interessava por geometria e altera e aos 12 anos era um gênio da matemática. Começou ainda criança o estudo de musica. tocava violino. Outro assombro foi aos 12 anos, com um livro de geometria plana que lhe veio às mãos. Depois de ler o livro ele conseguiu demonstrar o teorema de Pitágoras, o que lhe pareceu ser algo tão evidente.

Albert Einstein foi aluno na infância de uma escola católica em Munique. O jovem Einstein sempre questionava o pai, o professor e colegas sobre Deus e a origem do Universo, sem ter respostas satisfatórias. Quando leu o escritor Espinoza que dizia “Deus é a alma do Universo”; ficou com essa frases marcada em sua memória que o fez lembrar de sua bússola da infância. A partir daí, Einstein só procurou Deus na natureza, e não em livros humanos. Deus era a Lei e a Voz da Natureza. Decidiu-se aprofundar nos conhecimentos da Física e da natureza e viu na matemática o caminho para isso, pois segundo Einstein o princípio criador do universo reside na matemática. Na matemática é que Einstein viu a certeza absoluta, onde só se conhece o ‘sim’ e ‘não’ um talvez. Terminou a escola secundária em 1896 e aos 17 anos ele recusou a nacionalidade alemã, tendo sido um cidadão sem pátria por alguns anos, até que em 1901 obteve a cidadania suíça. Cursou matemática e Física na Escola Politécnica de Zurique, onde se graduou em 1900, aos 21 anos, com as mais altas notas.

Em 1901 escreveu seu primeiro artigo cientifico:” A investigação do estado do ter em campo magnético”. Escreveu livros: Por quê a guerra? (1922); O Mundo como eu o vejo (1949); Meus Últimos Anos (1950).

Doutorou-se em Munique em 1905, ano em que publicou um trabalho de eletrodinâmica, as dimensões moleculares, equivalência entre massa inerte e a energia, o fenômeno fotoelétrico e os primeiros esboços sobre a teoria da Relatividade que anunciava o fato de o movimento relativo aos corpos no espaço. Posteriormente, investigou massa e energia, reduzindo ambas à uma equação conhecida pela formula E=m.c2

Entre os anos 1902 e 1909 trabalhou em um escritório de patentes em Berna, antes de incorporar-se no ensino universitário.

Em 1909 começou a trabalhar como professor da Universidade de Zurique, depois lecionou em Praga e Berlim. Em 1912 ocupou a cadeira de Física da Escola Politécnica Federal Suíça. Em 1914 foi nomeado professor da Academia Prussiana de Ciência e diretor do Kaiser Wilhelm Institut, Em 1915 completou e enunciou a sua Teoria da Relatividade.

em 1921 recebeu o prêmio Nobel de Física. Em 1933 renunciou a seus cargos em Berlim e foi para os Estados Unidos da América, onde ingressou no Instituto de Estudos Avançados de Princeton. Em 1940 ganhou a cidadania americana.

Einstein afirmava que a intuição é a fonte das grandes descobertas e que o principio básico de toda a ciência era a priori/dedutiva e não a posteriori/indutiva. Isto significa que o homem deve focar na causa e a partir daí para os efeitos. Afirmava que o mundo do Uno, da causa, do valor, da realidade é revelado ao homem quando ele está em condições de receber esta revelação. Dizia: ”Eu penso 99 vezes e nada descubro, deixo de pensar e mergulho no silêncio e eis que a verdade me é revelada.” “Não existe caminho lógico para o descobrimento das leis elementares. O único caminho é o da intuição.

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Einstein veio ao mundo para mudar paradigmas e principalmente para recolocar Deus na ciência. Para Isaac Newton, nosso universo era uma grande máquina cujo maquinista seria o sol. Já Einstein considera o universo um grande pensamento. Onipresente. Seria como uma cosmografia cujo monarca está presente em toda parte. Deus é a lei e o legislador, sendo ele a própria Consciência Cósmica. Cada célula, cada átomo é uma entidade autônoma, uma autarquia cujo governo reside dentro dessa propina entidade. Também contrariou Newton ao mostrar que não existe tempo absoluto. Segundo a relatividade, não podemos saber como é o mundo, só podemos comparar nossa própria visão com as dos outros.

Einstein tinha sempre respostas inesperadas para as perguntas. Certa vez lhe perguntaram onde era seu laboratório, ele tirou do bolso uma caneta e respondeu: “aqui”.

Einstein viveu 22 anos nos Estados Unidos. Foi professor na Universidade de Princeton, onde lecionava matemática. Teve como amigo e colaborador, Robert Oppenheimer. Einstein era um homem tão modesto que ao chegar a Princeton, seus diretores inquiriram qual seria sua pretensão salarial. Eles lhes respondeu que lhes enviaria uma carta. Ao receber essa carta os diretores declararam que a universidade ficaria desmoralizada se lhe pagasse tão baixo salário, e triplicaram o valor.

Em Princeton, Einstein vivia no campus da universidade, em um modesto sobrado e todas as manhãs caminhava de suas casa até o Instituto de Estudos Avançados onde se encontrava com Oppenheimer, Fermi, Bohr, Von Braun, Meitner e outros cientistas. Einstein era um homem sem vaidades. Ele mesmo se declarou um solitário e que gostava dessa solidão. Temos em mente suas fotos em varias publicações: seus cabelos sempre desalinhados, bigode vasto e branco como sua cabeleira, roupas sem luxo e um olhar sempre enigmático. Parecia um homem que pisava a terra, estando seu coração, segundo suas declarações, em sua família, seus amigos e na humanidade; mas sua mente estava no cosmos ou quem sabe no centro invisível de um átomo. Era tão dedicado aos estudos que ser trancava em seu escritório por dias e dava ordens expressas que não o perturbassem. Sua esposa apenas colocava seu prato com comida no chão, por fora da porta. Por falar em família, em esposa, Einstein foi casado com Milena com quem teve 3 filhos: Lieserl, que morreu ainda criança, Hans Albert, que foi professor de hidráulica, e Eduard, formado em musica e literatura. Em 1919 Einstein separou-se de Milena e casou-se com sua prima Eliza. Sim, aquele homem gênio tinha muito apresso pelo ser humano e muita sensibilidade. Contam as suas biografias que quando uma parente sua adoeceu permanecendo por dias em coma, Albert Einstein sentou-se ao lado do leito e tocou violino. Questionaram suas atitude dizendo que a paciente estando em coma não ouviria suas musica ao que ele retrucou dizendo: “Tenho certeza de que ela escuta.”

Em 1945 Einstein visitou o Brasil e foi recebido pelo então presidente Artur Bernardes. Fez aqui conferências e visitou institutos.

Einstein viveu na época da guerra fria entre os Estados Unidos e União Soviética e sempre se declarou contra a violência e contra qualquer tipo de guerra. Era um homem pacífico e embora não professasse nenhuma religião, se dizia um homem profundamente religioso. Tinha um grande espírito de solidariedade universal, um desprendimento dos bens matérias terrenos e uma grande fraternidade, independente de raça, classes ou crença. Era um grande admirador de Mahatma Gandhi, e sobre ele escreveu: “Futuras gerações dificilmente acreditarão que um homem como Gandhi tenha passado pela face da Terra, em carne e osso”.

Pendiam na parede do gabinete de Einstein os retratos de Newton, Maxwell e Gandhi, a quem ele chamava, “o maior homem do nosso tempo”.

Com suas teorias científicas, inovadoras, Einstein nos convida a aceitar que o espaço é curvo, que a menor distância entre dois pontos não é uma reta, que o universo é finito e relativo e não pode ser medido exatamente do mesmo modo e por toda a parte. Que as medidas de tamanho variam com a velocidade, que o universo tem forma cilíndrica e não esférica, que um corpo em movimento diminui de volume, mas aumenta a suas massa dependendo de suas velocidade e que uma quarta dimensão, o tempo é acrescida as trens dimensões conhecidas como comprimento, largura e espessura. Informações incompreensíveis para nos mortais e também para muitos cientistas.

Palavras de Max Planck: “Enquanto a humanidade não entrar em uma zona de cosmo-consciência, não haverá uma verdadeira compreensão da mentalidade de Einstein”.

O que se pode dizer de Albert Einstein? Uma talento analítico, em gênio intuitivo que possui uma intuição cósmica. Parece que o gênio é invadido pela consciência cósmica. Mas Einstein não se considerava um gênio ou um homem excepcional; estava apenas se identificando totalmente com esta verdade da física que os outros não perceberam.

Uma semana antes de suas morte, enviou uma carta a Bertrand Russell concordando em que seu nome fosse incluído numa petição exortando todas as nações a abandonarem as armas nucleares. Faleceu aos 76 anos, em 18 de Abril de 1955, em Princeton, estado da Nova Jérsia, EUA. Seu corpo foi cremado.

Dra Maria do Carmo França

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