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A halitose, também conhecida como mau hálito, é uma situação que precisa ser atacada por todos os lados, dado os efeitos colaterais perigosos gerados no paciente.
Socialmente, não é bem vista o problema da halitose.
Há casos de pessoas que perderam o emprego, passaram por situações embaraçosas ou tiveram ou tem o convívio difícil com as pessoas ao redor por causa do problema.
Para começarmos a falar da halitose é preciso começar pela perda de massa óssea.
O quadro geral de uma halitose resume-se no seguinte: havendo perda óssea, a gengiva no seu suporte ósseo se descolou, formou micro-descolamentos, ou micro bolsas na gengiva, e propiciou a retenção de bactérias naquele local.
A bactéria acidogênica tem predileção por essas bolsas, que encontram ali um habitat maravilhoso porque tem a temperatura ideal de 37 graus. Dentro da bolsa, a própria gengiva protege a bactéria. Ela não precisa sair da bolsa para se alimentar. Fica ali se alimentando dos resíduos existentes dentro da boca.
Ao absorverem esses resíduos, elas fazem a digestão como os seres humanos, absorvendo o que for importante para elas, e eliminando uma enzima.
A enzima que a bactéria acidogênica elimina por sua vez modifica o ph salivar. O sujeito passa a não mais ter o ph neutro, e sim um ph ácido. A partir desse momento, já com o ph ácido, o paciente passa a ser portador de uma halitose, o mau hálito.
Isso tudo acontece dentro de um ciclo vicioso.
Quando o paciente tem um ph neutro, essa bactéria acidogênica se reproduz aproximadamente a cada dois dias. Quando o paciente já está com o ph salivar ácido, essa mesma bactéria acidogênica se reproduz de hora em hora. Ou seja, a sua capacidade de reprodução aumenta de tal forma, que se pegarmos outros tipos de bactérias por milímetros cúbicos de salivas, vai se encontrar a média de 5000 unidades por ml cúbicos de saliva.
Num ph ácido, se colhermos um ml cúbico de saliva e fizermos uma avaliação, podemos observar cerca de 5 milhões de unidades por ml cúbico.
Portanto, existe um desequilíbrio dessas bactérias na boca do paciente com predominância da acidogênica, e é quando ocorre ao que chamamos de ph salivar ácido.
É importante que se diga que se o individuo tem o ph salivar ácido na boca, toda vez que ele ingerir alimentos essas bactérias descem para o esôfago ou estômago. Então se ele tem o ph ácido na boca, ele também vai senti-la no esôfago e no estômago. E o estômago com esse ácido, mais o suco gástrico, que a camada interna do estomago elimina, vai criar condições para que o ph ácido produza algumas escamações no epitélio interno do estômago, gerando micro úlceras, que vão gerar problemas como gastrite ou inflamações – tudo por conta desse ph.
E como o esôfago com ph ácido começa a perder refluxo, o movimento peristáltico desse esôfago, ao invés de acontecer de cima para baixo no momento que o alimento começa a descer, começa a fazer o movimento peristáltico, ou seja, a ir de baixo para cima. Então começa haver uma concentração maior de resíduos no esôfago, e o esôfago começa a dilatar-se, distendendo-se e gerando um megaesôfago. Entre as consequências está a acidez do esôfago.
Do ponto de vista médico, consideramos boca, esôfago e estomago como um só compartimento.
Sempre que se tem ph ácido na boca, tem-se igualmente no estômago e no esôfago. Os três agem em conjunto.
Como primeira ação de tratamento, teremos primeiro o tratamento clínico, que é o de limpar as bolsas e recolar aquelas gengivas que estavam descoladas, diminuindo as enzimas dessa bactéria na boca do paciente.
Isso sozinho, no entanto, não vai resolver o problema do ph salivar ácido.
É preciso também entrar com uma solução medicamentosa. Ela vai neutralizar o ph ácido do estômago. Geralmente utilizamos o Nexon 40ml – um comprimido antes do café da manha -, ou Omeoprazol 40.
Mas não ficamos só nisso. A alimentação é fator muito importante. É preciso seguir uma dieta mais controlada. A começar pelo álcool, por exemplo, que tem ação contraproducente, e gera mais produção ácida.
Em termos de dieta, na prática, frituras e molhos picantes são alimentos nocivos. Arroz, frango ou bife na chapa, verduras cozidas são exemplos mais adequados. Esses são pequenos exemplos, mas é preciso partir daí.
Assim, o sujeito com ph ácido vai ter de se programar em direção à uma alimentação mais neutra, até conseguir os resultados. Vai ter de seguir uma alimentação padrão.
Complicações:
É um problema tão sério que ele chega a alterar o metabolismo, dificultando a absorção nutricional do paciente, e chegando a alterar o modo e a cor de excreção do individuo que sofre com o problema.
Há também relação entre uma maior ou menor produção de ácido da vesícula em relação a produção ácida da boca.
Dentro do epitélio interno do estômago há os chamados receptores r1. No momento em que o alimento está descendo, acontece com o r1 o que acontece com o diafragma de uma câmara fotográfica: quando o alimento está chegando, ele se abre, liberando suco gástrico que vai permitir a digestão correta do alimento. Quando o ph salivar está ácido, o diafragma desse receptor perde essa sensibilidade, ficando sempre aberto, e vai estar sempre liberando suco gástrico.
Essa quantidade de suco gástrico, somado à quantidade de enzimas da bactéria, potencializa de 1 para 100 o nível de acidez do paciente.
Isso vai gerar inflamação nas camadas internas do estomago, que é a gastrite, e isso, essa pequena úlcera, não cicatriza com muita facilidade, podendo gerar carcinomas, se o individuo tiver propensão para tal.
Portanto, perda óssea, bolsas periodontais, ph salivar ácido, acidez estomacal e úlceras são fatores fortes para o desenvolvimento de carcinomas.
Daí a impotência de uma dieta alimentar neutra. Há muita verdade no ditado que diz ‘você é o que você come’.
Dieta ou fator genético para desenvolvimento do ph salivar ácido?
Se o individuo tem perda óssea, tem periodontite, descolamento de gengiva, bolsas e bactérias acidogênicas, na sua sequência de proteínas no DNA, ele terá uma tendência genética àquela situação.
Essa mesma sequência genética de proteínas do DNA poderá ter a mesma sequência genética que lhe irá propiciar o favorecimento a um carcinoma.
O paciente que chega ao Instituto Contatore pode ter a certeza de que vai sair tratado do problema.
Usamos uma tarja de origem francesa, que é um medidor de ph, e em quatro minutos nos ajuda a saber se o paciente tem ou não ph salivar ácido.
Caso se comprove, preparamos e indicamos uma dieta neutra especial, tratando o problema de todos os ângulos, com medicamentos com receita, que farão a descontaminação das bolsas e neutralizar o ph salivar, à dieta e outras orientações. Em duas ou três semanas, o paciente pode falar sem medo de estar com halitose, se preparar para fazer implantes e estará cuidando melhor da saúde.
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