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A toxina botulínica, que é popularmente conhecida como botox, é amplamente utilizada em tratamentos faciais estéticos. O que poucos sabem é que o uso dessa substância também é comum na ortodontia.
Aqui, você descobre o que é toxina botulínica e em quais casos é utilizada na ortodontia. Acompanhe e saiba como essa substância pode te ajudar em tratamentos odontológicos!
A toxina botulínica é uma substância produzida pela bactéria Clostridium botulinum. Sua ação é a paralisia muscular, especificamente da região onde foi aplicada.
O nível de paralisia depende da quantidade e do tipo de botox aplicado. De maneira geral, o profissional responsável pela aplicação usa apenas a quantidade necessária para paralisar levemente a musculatura, garantindo sua mobilidade.
Esse é um detalhe muito importante, principalmente quando se fala em tratamentos odontológicos, seja com fim ortodôntico ou estético. O uso da quantidade ideal ajuda a ter um resultado natural.
Especificamente em tratamentos ortodônticos, o botox pode ser utilizado para reduzir a contração muscular da face, sobretudo dos músculos que atuam diretamente na fala e mastigação.
Assim, é possível reduzir sintomas de disfunções da articulação temporomandibular, a famosa ATM. Com a toxina, também dá para diminuir ou eliminar dores de cabeça e mandíbula provocadas pela ATM, tendo melhor qualidade de vida.
Não é só isso: a toxina botulínica também pode ser aplicada em casos em que há limitações de abertura da boca, conseguindo melhorar processos de mastigação, inclusive de fala, com maior adequação fonética.
A toxina botulínica é uma aliada em outros tratamentos odontológicos, não reduzindo seu uso à especialidade de ortodontia. A seguir, apresentamos mais casos em que o botox contribui para que se tenha um bom resultado:
Um dos usos mais comuns da toxina na odontologia é para apoio no tratamento de bruxismo. Esta é uma disfunção orofacial em que há uma hiperatividade dos músculos da mastigação.
Essa maior atividade muscular faz com que o paciente aperte os dentes com força ao longo do dia, inclusive com que ranja os dentes de maneira involuntária enquanto dorme.
A maior pressão sobre os dentes pode fazer com que se desgastem e se quebrem com o passar do tempo. Também provoca dor no dente, no maxilar e dor de cabeça.
A toxina botulínica entra nessa história para inibir a contração dos músculos da mastigação, sempre sem comprometer sua função original. Com isso, o paciente tem maior controle sobre o bruxismo, os sintomas são amenizados ou somem, dependendo do caso, e não compromete a mastigação.
O botox também é utilizado para correção do sorriso gengival, que é quando o paciente tem gengiva em excesso ou pouca identificada facilmente ao sorrir.
Trata-se de uma alternativa minimamente invasiva para quem não deseja corrigir esse problema por meio de cirurgia. No entanto, é importante ressaltar que o botox não é definitivo, seu efeito sai com o tempo. Por isso, é preciso reaplicá-lo para manter o sorriso gengival sempre corrigido.
A toxina botulínica é aplicada na harmonização orofacial, que é um tratamento estético dentário. O botox é usado para correção de assimetrias, contribuindo para melhoria das proporções da face.
Com ele, o paciente ganha um sorriso simétrico, bem como uma expressão jovial. Isso é possível porque a toxina consegue amenizar rugas e linhas de expressão, por meio do relaxamento da musculatura da face.
Um detalhe importante: a harmonização orofacial pode abranger o uso de outros produtos além do botox. Entre eles, destaque para o ácido hialurônico, que tem como foco volumizar áreas da face.
O ácido hialurônico é muito utilizado, por exemplo, na correção de rugas no sulco nasolabial, que são popularmente conhecidas como bigode chinês. Também pode ser usado para correção de assimetrias faciais.
Outro uso da toxina, neste caso menos conhecido, é para suporte em tratamento de implante dentário, especialmente no osseointegrado (carga imediata).
O botox evita que se faça uma força excessiva na mastigação, contribuindo para que se tenha uma boa cicatrização, de modo a reduzir o risco de complicações.
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A toxina botulínica tem riscos, mas que são fáceis de serem evitados: basta realizar a aplicação com um profissional habilitado, que tem conhecimento sobre o uso do produto e sobre a musculatura facial.
O risco principal é o de assimetria da face, resultando no famoso sorriso torto. Neste caso, uma parte do rosto fica com a musculatura mais paralisada do que a outra, garantindo o efeito assimétrico.
Também há a possibilidade de ter vermelhidão no local de aplicação, bem como um leve inchaço. No entanto, esses problemas somem em poucas horas após a realização do procedimento.
Existe, ainda, a possibilidade de ter hematoma no local de aplicação, se a agulha atingir algum vaso. Porém, também é um problema que some após alguns dias da aplicação.
O resultado do botox no rosto não é imediato! A paralisia e relaxamento muscular ocorrem aos poucos e de forma gradativa. De maneira geral, é possível notar os resultados em três dias após a aplicação.
O produto atinge seu pico de paralisia com cerca de 15 dias depois da aplicação. Após esse período, ele começa a perder gradualmente seu efeito, até que a musculatura ganhe novamente sua mobilidade e poder de contração.
A durabilidade do botox varia de acordo com o perfil do paciente, mas é comum que esse prazo seja de quatro a seis meses. Portanto, o resultado não é definitivo e se quiser mantê-lo terá de fazer uma reaplicação do produto após esse período.
O fato de o resultado da toxina botulínica não ser definitivo possui uma vantagem: caso tenha alguma intercorrência, como o sorriso torto / assimétrico, ela sumirá em pouco tempo.
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