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4 de outubro de 2023
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As Principais Características do DNA de Fita Dupla

Descubra detalhes sobre o DNA de fita dupla e a relação entre a genética e a odontologia, entendendo como ambas estão interligadas.

O que você vai encontrar neste artigo:

Poucos pacientes sabem, mas a genética e a odontologia são interligadas, abrangendo diversos aspectos, desde o desenvolvimento de dentes até uma maior suscetibilidade a doenças bucais.

Conhecer detalhes sobre essa relação ajuda a entender o impacto da genética na saúde bucal, bem como nos resultados de tratamentos dentários, por exemplo. 

Para te ajudar a entender mais sobre esse tema, preparamos este guia completo com informações sobre genética e odontologia, assim como sobre a relação entre elas.

Além disso, apresentamos quais doenças bucais podem ter origem genética e quais tratamentos odontológicos são recomendados. Acompanhe e descubra!

O que é a genética?

A princípio, é importante saber o que é a genética. Trata-se de uma área da biologia que se dedica ao estudo da herança genética. É por meio dela que se compreende os aspectos de hereditariedade e transmissão de características físicas entre gerações.

Os primeiros estudos de grande relevância envolvendo o tema foram feitos por Gregor Mendel, em 1860. Mendel, que é considerado o pai da genética, foi um monge austríaco que procurou entender como as características físicas eram transmitidas de pais para filhos.

Para isso, fez um experimento com cruzamento de ervilhas de diferentes linhagens e identificou que existiam características variadas que eram transmitidas para a nova geração.

A partir desse experimento, Mendel concluiu que os filhos herdam características de seus descendentes por meio de genes. Além disso, descobriu que algumas dessas características predominam sobre outras.

O gene é a unidade de informação genética presente no DNA. Ele contém informações únicas do indivíduo, envolvendo desenvolvimento e características físicas, por exemplo.

É com base nesse estudo que surgiu a criação das leis de hereditariedade, que foram apresentadas em 1865 na Sociedade de História Natural de Brunn.

Essa história é importante porque foi a partir da descoberta dos genes que o estudo da genética avançou, possibilitando a criação de testes de paternidade, dos alimentos transgênicos, de clones e de tratamentos específicos, como a técnica de regeneração óssea com enxerto de células.

Conheça detalhes sobre o DNA de fita dupla

O DNA é uma sequência de nucleotídeos, que são formados por uma base nitrogenada, uma pentose (açúcar) e por um grupamento fosfato. De maneira esquemática, temos as seguintes bases nitrogenadas:

  • Adenina;
  • Timina;
  • Citosina;
  • Guanina.

Na pentose (açúcar) no carbono 2, temos uma desoxirribose (H), um hidrogênio no carbono 2 sem oxigênio.

No grupamento fosfato, o trifosfato onde existem as ligações fosfodiéster. Com a liberação do pirofosfato, dá-se a liberação de energia para a inclusão de uma nova base nitrogenada no terminal 3 da molécula de DNA. Com essa liberação de energia, temos a formação de ligação fosfodiéster.

O DNA é uma estrutura de dupla-hélice em que as ligações fosfodiéster ficam nas extremidades da dupla fita e as ligações com pontes de hidrogênio entre as bases nitrogenadas estão no meio da estrutura molecular do DNA.

Encontramos a molécula do DNA no núcleo de células eucariontes. O DNA tem aspecto informacional e transformacional.

O aspecto informacional está relacionado com o genoma humano ou código genético. Esse código é transmitido na replicação do DNA, através de uma molécula molde, a DNA polimerase. 

Antes da replicação do DNA, a enzima helicase abre a molécula para a replicação semiconservativa, onde se mantém a fita original de cada lado da molécula e a duplicação de duas novas fitas, dando origem assim a replicação semiconservativa do DNA.

O DNA é um polímero de desoxirribonucleotídeos; o DNA tem uma desoxirribose no C2. Já as bases nitrogenadas no DNA são de 2 tipos:

  1. As purinas Adenina (A) e Guanina (G);
  2. As pirimidinas Timina (T) e Citosina (C).

O pareamento será de uma purina __________ pirimidina, sendo que a purina é uma base maior e a pirimidina tem uma base menor.

Para a adenina __________________ timina.

                       _________________

                     (2 pontes de hidrogênio)

Para citosina __________________ guanina.

                    __________________

                    __________________

                   (3 pontes de hidrogênio)

A célula é uma rede de interação informacional: DNA  RNA  proteínas.

O DNA não sai do núcleo da célula, ele precisa de um intermediário para levar informações para o citoplasma. O RNA é sintetizado dentro do núcleo e é o responsável por levar informações do DNA para fora do núcleo, mais precisamente para o citoplasma onde os ribossomos e RNAt farão a leitura dos códons e anticódons na produção de proteínas.

As proteínas são polímeros de aminoácidos conectados entre si por ligações peptídicas. Os ácidos nucléicos são polímeros de nucleotídeos.

O DNA é, portanto, uma molécula. O DNA de fita dupla é a informação genética.

Historicamente, foram os pesquisadores James Watson e Francis Harry Crick que descobriram a fita dupla do DNA após visita ao laboratório da cientista Rosalind Franklin, conhecida como a Dama de Negro, que conseguiu uma foto radiográfica que demonstrava a dupla hélice do DNA. 

Baseado nessas informações, Watson e Crick montaram a molécula de dupla hélice espacial do DNA, acelerando os conceitos da Biologia Molecular.

O miolo do DNA é hidrofóbico, isto é, tem pouca quantidade de água. A parte externa do DNA é hidrofílica, ou seja, tem bastante água.

O DNA é uma molécula mais estável que o RNA. O RNA é o patrimônio e a identidade informacional biológica de uma espécie.

No planeta Terra, o DNA apareceu depois do RNA. O DNA é uma sofisticação do RNA. Molécula dupla DNA sempre existirá no DNA, um terminal 5’ o lado oposto, terá o terminal 3’. 

A cadeia de ácidos nucléicos cresce de cima para baixo, isto é, de um terminal 5’ para 3’. Podemos dizer que essa informação é uma chave do sistema.

É de fundamental importância o Dogma da Biologia:

  1. Replicação do DNA;
  2. Transcrição do RNA;
  3. Tradução para as proteínas.

Os nucleotídeos dentro de uma fita são unidos por ligações químicas fortes (covalentes) fosfodiéster, formando o DNA dupla hélice.

As ligações entre os pares de bases são fracas quando comparadas às ligações de açúcar – fosfato também fosfodiéster.

O PCR é uma reação da polimerase em cadeia. Podemos fazer uma transcrição reversa do RNA para o DNA. Na RT (Transcrição Reversa), utiliza-se um primer que inicia a duplicação das fitas novas de DNA. O primeiro é uma molécula de RNA com mais ou menos 10 nucleotídeos. Temos: Rondon Prime = Prime Universal.

Qual a relação entre genética e odontologia?

Agora que você já sabe o que é a genética e conhece (ou relembrou) características do DNA, chegou o momento de descobrir qual a relação entre genética e odontologia. A seguir, apresentamos pontos em que ambas estão interligadas:

1. Desenvolvimento dos dentes

A genética influencia no desenvolvimento dos dentes naturais do paciente, determinando características como forma, tamanho, posição, quantidade e cor. 

Pacientes com variações genéticas podem ter malformação dos dentes, que também é chamada de anomalia dentária. Uma bastante comum é a agenesia dos dentes, que se caracteriza pela falta de um dente, no mínimo, com exclusão dos sisos.

2. Predisposição para doenças bucais

De acordo com um estudo feito por pesquisadores da Universidade de Bristol (Inglaterra) e da Universidade de Umeå (Suécia), doenças como cáries e periodontite podem ter relação genética.

Na prática, isso significa que alguns pacientes têm uma maior predisposição a ter tais doenças. Os pesquisadores deste estudo conseguiram identificar 47 novos genes que estão relacionados à cárie. Além disso, o experimento confirmou que um gene imunológico se relaciona com a periodontite.

Segundo o estudo, os genes que podem estar relacionados à cárie são os que atuam na formação de maxilares e dentes, bem como os que têm função de proteção na saliva e que afetam bactérias que são encontradas nos dentes.

É importante ressaltar que se trata de um estudo de meta-análise, que é uma técnica estatística que combina dados múltiplos sobre um determinado tema. Curiosamente, é uma técnica considerada de alto nível de evidência quando se fala em pesquisas de saúde. Portanto, possui um nível de confiabilidade elevado.

A relação entre doenças bucais e a genética ajuda a entender o porquê há quem tenha mais cárie num grupo de pessoas que possuem hábitos alimentares semelhantes e práticas de higiene bucal parecidas.

No entanto, possuir ou não predisposição genética não quer dizer que o paciente tenha de deixar a higiene bucal de lado. Escovar os dentes após as refeições e fazer o uso do fio dental regularmente ainda é a melhor forma de prevenir doenças bucais, como a periodontite e a cárie.

3. Aumento da probabilidade de desenvolver a maloclusão

Trata-se do alinhamento anormal entre dentes inferiores e superiores, resultando em problemas de mordida. É o caso da mordida cruzada, aberta e da sobremordida.

A maloclusão acontece porque a genética influencia o tamanho e formato dos maxilares, o que pode comprometer o alinhamento dos dentes e prejudicar a mordida.

Esse tipo de anomalia pode trazer uma série de complicações para o paciente, como dificuldade ou desconforto ao mastigar alimentos, além de dor de cabeça.

4. Identificação de riscos relacionados à saúde bucal

A combinação genética e odontologia possibilita identificar riscos relacionados à saúde bucal do paciente, atuando de forma preventiva para evitar complicações.

Para isso, basta utilizar a análise genética para verificar se o paciente tem maior chance de desenvolver doenças. Assim, é possível adotar uma abordagem personalizada, sobretudo em tratamentos dentários, com foco na prevenção.

5. Resposta a tratamentos odontológicos

A genética faz com que cada pessoa tenha uma resposta diferente a tratamentos odontológicos. O melhor exemplo disso se aplica a casos de clareamento dental.

Existem alguns pacientes que conseguem atingir um nível de clareamento maior do que outros, ainda que usem o mesmo ativo clareador, na mesma concentração e na mesma forma de aplicação (caseira ou em consultório).

A explicação para essa variação está na genética. Alguns pacientes têm o nível máximo de clareamento diferente, o que influencia no resultado. Isso também pode acontecer em tratamentos como a colocação de facetas de porcelana e uso de aparelhos ortodônticos.

Leia também:

>>> Toxina botulínica: o que é e quando é usada na ortodontia

Cárie e periodontite: descubra detalhes sobre as doenças

A cárie e a periodontite são doenças comuns quando se pensa nos motivos que levam o paciente a procurar um dentista. E, como você viu aqui, a incidência delas pode ter influência genética.

Ambas as doenças precisam ser tratadas o quanto antes, para evitar complicações que podem envolver até mesmo a perda do dente natural, o comprometimento da mastigação e da estética do sorriso.

Falando especificamente sobre a cárie, ela é causada por bactérias que produzem ácidos que corroem o esmalte do dente. Em casos mais avançados, a cárie pode comprometer a dentina e a polpa, que são partes internas do dente, fazendo com que o paciente precise de um tratamento de canal.

A cárie é uma doença assintomática logo no começo. Somente quando a desmineralização do dente está mais avançada é possível sentir sintomas como a sensibilidade ao se alimentar e beber líquidos, bem como a dor. O tratamento consiste na retirada do tecido comprometido e restauração.

Já a periodontite é uma inflamação do periodonto, que é uma estrutura composta por gengiva, ossos e ligamentos. É nessa estrutura que os dentes naturais ficam presos.

A periodontite é um quadro avançado de outra doença bucal, a gengivite, que é uma inflamação da gengiva. Quando a periodontite não é tratada, ela pode provocar a retração da gengiva, a perda óssea dentária e dos dentes naturais.

Os sintomas da periodontite mais comuns são o inchaço, vermelhidão e sangramento da gengiva, além da sensibilidade ao consumir bebidas e alimentos, retração e descolamento da gengiva. 

Possíveis tratamentos para a periodontite e perda óssea dental

O tratamento dentário para periodontite é variado, podendo abranger procedimentos diferentes, que são definidos de acordo com o caso do paciente.

Existe a possibilidade de tratar com ondas ultrassônicas combinadas com jato de água alcalina aquecida e antibióticos. Também há a alternativa da laserterapia, que é feita com a aplicação do laser para ativação de células da medula óssea do paciente.

Na maioria dos casos, esses dois tratamentos são suficientes para eliminar a doença. No entanto, se o paciente tiver um caso severo de periodontite, recomenda-se a cirurgia para enxerto celular. Com essa alternativa é possível tratar a perda óssea dentária.

Trata-se de uma técnica moderna da odontologia regenerativa. O procedimento promove a regeneração óssea com enxerto de células do próprio paciente, técnica que foi desenvolvida pelo Dr. Contatore após anos de pesquisa e combinação de conhecimentos em Biologia Molecular, Ciência Genômica e Citogenética.

Para o tratamento, retira-se células somáticas do sangue do paciente, passando-as por uma reprogramação gênica que as transformará em células-tronco pluripotentes induzidas.

Então, realiza-se o enxerto debaixo da gengiva, iniciando a multiplicação de novas células e a formação da matriz orgânica óssea. Após a finalização do tratamento, o paciente pode fazer implante para repor eventuais dentes perdidos.

Doenças bucais e odontológicas com origem genética

Há doenças bucais e odontológicas que têm origem sabidamente genética, como o lábio leporino e a fenda palatina, a amelogênese imperfeita e a agenesia dentária. Confira detalhes sobre elas:

Lábio leporino e fenda palatina

Condição que também é chamada de fissura labial. O lábio leporino se caracteriza por ser uma fissura no lábio superior, normalmente abaixo do nariz. Ocorre com a fenda palatina, que é uma abertura no céu da boca.

Trata-se de uma condição que é resultado de uma malformação congênita, que acontece no desenvolvimento do embrião. Também pode estar associado a deficiências nutricionais e doenças maternas na gestação, radiação, uso de medicamentos específicos e álcool, além dos fatores hereditários.

É importante ressaltar que o lábio leporino, combinado ou não à fenda palatina, pode provocar problemas de nutrição, distúrbios de fala, audição e respiratórios, bem como alterações na dentição e infecções crônicas. 

E como tratar essa condição? Por meio de uma abordagem multidisciplinar, com participação de especialistas em odontologia, otorrinolaringologia, cirurgia plástica e fonoaudiologia.

O tratamento costuma ser longo e termina na consolidação total dos ossos faciais, por volta dos 18 anos de idade. O paciente passa por diferentes fases e procedimentos, como uso de aparelho ortodôntico para cobrir a fenda palatina para conseguir se alimentar, além de realizar cirurgias de reconstituição.

Amelogênese imperfeita

Trata-se de uma alteração que afeta o esmalte dos dentes de leite e permanentes. Essa anomalia de origem genética pode ser decorrente de defeitos em proteínas da matriz do esmalte.

A amelogênese imperfeita causa sensibilidade dentária, comprometimento da estética dos dentes e perda da dimensão vertical. O tratamento varia de acordo com o grau da condição e comprometimento do esmalte, podendo envolver extrações dentárias múltiplas, uso de próteses e restaurações.

Agenesia dentária

A agenesia dentária é a má formação congênita craniofacial. Ela se caracteriza pela ausência congênita de dentes, que pode ser comprovada por meio de radiografia.

O paciente pode ter falta de um ou mais dentes. Se for de seis ou mais, é chamada de oligodontia. Já a agenesia dentária anodontia ocorre quando o paciente não tem dentes permanentes.

O tratamento pode envolver a ortodontia, com reposicionamento de eventuais dentes e organização de espaços. Também pode abranger a realização de implantes com uso de próteses para reposição dos dentes.

Imagem do Dr. Contatore sentado diante de uma mesa mexendo em folhas

Consulte um dentista regularmente

Uma das formas mais eficientes de garantir sua saúde bucal é por meio da consulta regular com um dentista. Nessa ocasião, o profissional analisa a boca e dentes do paciente, identificando eventuais problemas logo no início, quando o tratamento é mais simples e barato.

Além disso, o dentista realiza procedimentos simples como a limpeza, que ajuda a prevenir doenças como a gengivite e a periodontite, mantendo sua saúde bucal sempre em dia.

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